sábado, 23 de outubro de 2021

O sabor do dialeto

 Aróst ad ninguém côt int al fåuren, peço à garçonete no Buca Manzoni, trattoria em Bolonha cujo cardápio traz os pratos no dialeto bolonhês - para mim, uma viagem no tempo.

Quem leu Filhos da Terra sabe que meu avô se chamava José - e que, em casa, o chamavam de Iusfen, no dialeto bolonhês. Nomes também mudam, conforme a língua: José,  Giuseppe, Joseph, Yussef, Iusfen.

Fazia tempo não via dançarem na minha frente essas palavras de "esses" puxados de quem faz sempre tudo a mais, e fala com prazer, esticando a silabação. 

Aróst ad ninguém côt int al fåuren, por sinal , é assado de porco ao forno.

Como esse, só aqui.

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