Está aceso, com aquele olhar que eu conheço, de bandeirante que sacudiu a bateia e achou umas pepitas de ouro.
- Você está craque - diz ele. - Dominando todos os gêneros. 
Adorou o livro de história contemporânea, resultado do trabalho de um ano e meio. Porém, seus olhos brilham muito mais pelo livro em poema que lhe entreguei e devorou de uma sentada, intitulado Além da Memória. 
- Isto é você - ele diz. - Triste, sombrio, com maravilhosos raios de sol.
Quer me mostrar as correções e observações no primeiro livro, que faz à moda antiga, rabiscando de caneta o papel. Mas quer que eu volte outro dia, para fazer o mesmo com o poema. 
- Este é maravilhoso, mas vamos olhar juntos, precisamos tirar alguns excessos, porque pode ficar perfeito. 
É muito bom trabalhar junto com alguém - especialmente se esse alguém é quem considero ainda o melhor editor brasileiro.
E porque é dessa cooperação entusiasmada de alguém que te conhece, dá valor e está genuinamente ao seu lado que precisamos para continuar. 
PedroPaulo me ajudou a colocar em pé Além da Memória. Me deu certeza de que valia a pena trabalhar no texto como poema, não prosa.
Agora Além da Memória está pronto. O julgamento do editor está feito. Fica agora 
 

 
 
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