- Não.
- Então você nunca vai ser o presidente da República.
Por aí, dá para se ter uma ideia do que Danilo Miranda representava para os artistas. Para ela, se havia alguém que um presidente devia conhecer, ou era mais importante que o próprio presidente, era o Danilo.
Como se sabe, Aécio profeticamente perdeu a eleição - não foi presidente. Mas até ele passou a saber quem era Danilo Miranda.
Como se sabe, Aécio profeticamente perdeu a eleição - não foi presidente. Mas até ele passou a saber quem era Danilo Miranda.
O grande diretor do Sesc, falecido ontem, não apenas tinha uma verba maior que a dos poderes públicos para abrigar, promover e fazer prosperar a arte. Era um gestor exemplar, que, além de tudo, tratava a todos os artistas com respeito e, até mesmo, admiração. Não importava quem.
Danilo foi maior que o poder público não apenas na verba, como na conscientização. Abriu o Sesc, uma entidade de lazer para comerciários, ao público em geral, usando a verba de que dispunha para ampliar seu alcance - e seu benefício. Foi mais do que precisava ser, não só porque podia, mas porque queria e porque sabia.
Foi do erudito à arte popular. Criou centros culturais, promoveu o teatro, as artes plásticas, a música, o cinema, a literatura. De forma geral, fez mais pelas artes, pelo entretenimento e pela cultura que a maioria dos ministros e secretários que passaram pela área ao longo das décadas de seu trabalho.
A despedida meio tribal de Danilo, no Sesc Pompeia, com gente cantando e dançando ao redor de um caixão, serviu para mostrar que o trabalho com inteligência e amor à arte não morre, é festejado. Não devia sê-lo apenas pela tribo artística, mas por todos os brasileiros para quem não é preciso ser político, na pior acepção da palavra, para dirigir alguma coisa no Brasil. Ao menos da maneira como se deve, no esforço que parece às vezes inglório, de levar este país a um outro patamar.
Danilo foi maior que o poder público não apenas na verba, como na conscientização. Abriu o Sesc, uma entidade de lazer para comerciários, ao público em geral, usando a verba de que dispunha para ampliar seu alcance - e seu benefício. Foi mais do que precisava ser, não só porque podia, mas porque queria e porque sabia.
Foi do erudito à arte popular. Criou centros culturais, promoveu o teatro, as artes plásticas, a música, o cinema, a literatura. De forma geral, fez mais pelas artes, pelo entretenimento e pela cultura que a maioria dos ministros e secretários que passaram pela área ao longo das décadas de seu trabalho.
A despedida meio tribal de Danilo, no Sesc Pompeia, com gente cantando e dançando ao redor de um caixão, serviu para mostrar que o trabalho com inteligência e amor à arte não morre, é festejado. Não devia sê-lo apenas pela tribo artística, mas por todos os brasileiros para quem não é preciso ser político, na pior acepção da palavra, para dirigir alguma coisa no Brasil. Ao menos da maneira como se deve, no esforço que parece às vezes inglório, de levar este país a um outro patamar.
Danilo vive. Sempre será lembrado por todos os artistas que de alguma forma transitaram pelos palcos e plateias, escolas e acervos do Sesc. Eu cheguei a dizer ao próprio Danilo que ele seria o melhor ministro da cultura brasileira mas queria mesmo ele na presidência porque sei do compromisso dele com a arte mas principalmente com a educação. Danilo Santos Miranda um exímio professor, amigo querido, descanse em paz.
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