O que passa na cabeça ao desenhar e explica os desenhos.
Virgulino: na época eu escrevia o romance Amor e Tempestade, no qual o célebre capitão surge como personagem, senti vontade de criar uma imagem dele por alguma razão.
O porquinho: escrever sobre o sertão me lembrou vias secas, como Graciliano já tem a cachorra Baleia me ocorreu o porquinho sofredor sob o sol inclemente.
A cama com lençol de rosas: na verdade é um auto-retrato escrevendo no frio de 13 graus negativos de Manhattan sob um edredon que minha mulher comprou no Soho; estava na vitrine sob um retrato da Mirilyn Monroe e lembro muito bem não somente por causa da Marilyn como pelo fato de ter custado 500 dólares.
caravela: adoro caravelas, velas enfunadas me dão ideia de liberdade, exploração, conquista do mundo. Vivo desenhando isso.
Passeio ao lado do Hudson: onde caminhávamos quase todos os dias, ficava ao lado de casa, no Battery Park City.
A loirinha brava: ninguém em especial, apenas a fúria feminina em estado puro.
O feto com o coração: minha mulher estava grávida, acho que eu até sonhava com isso, é o primeiro retrato do Guinho (baseado num ultrassom).
A rua que termina no rio: vista da janela do nosso quarto.
O garoto gordinho: começou com apenas um círculo.
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