Uma lista dos dez obras literárias que mais me influenciaram (não necessariamente as melhores, porém as mais importantes para mim):
1. Quo vadis. Poderia ser Ben Hur, mas este livro, escrito por um polonês de nome impronunciável, ainda no século XIX, foi o primeiro romance que li, ainda criança, e me fez gostar de ler, transportado no tempo até a Roma de Nero e dos escravos cristãos.
2. Sidarta. Do mestre do romance espiritualizado, cujas imagens uso em minha obra até hoje: Herman Hesse.
3. Tia Julia e o Escrevinhador, de Llosa. Como não querer viver escrevendo depois disto? Vou espremer aqui Dossiê Odessa, de Frederick Forsyth: como não querer ser jornalista, depois deste romance sobre um repórter solteiro, dono de um Jaguar, com a namorada mais bonita de Munique, e que larga tudo diante da oportunidade que lhe cai nas mãos de fazer... Justiça?
4. Dom Casmurro, Machado de Assis. Admiro o refinamento intelectual, e o conteúdo, tão verdadeiro: aprendi com ele as sutilezas da alma humana e, sobretudo, o quanto a felicidade pode ser enganosa.
5. Incidente em Antares, de Érico Veríssimo. É uma grandiosa parábola do Brasil, sobre uma cidade onde o passado fantasmagoricamente não larga o presente. Mas quando o li, aos 14 verdes anos, o que me impressionou, mesmo, foi a putaria.
6. Metamorfose. Poderia ser qualquer livro de Kakfa, mas este é o que mais me fez entender o coração (quero dizer, o meu).
7. 1984. O romance sombrio, estranho e profético desse gênio, ícone do engajamento da literatura com a vida e vice versa, para mim talvez ao lado de Kafka o maior escritor da era contemporânea: Orwell.
8. Folhas da relva, de Walt Whitman. Toda a vida dentro de um livro. Fica na minha cabeceira, como uma oração.
9. A Bíblia. Li três vezes inteira, de cabo a rabo, parte de minha pesquisa para o romance O Homem que Falava com Deus. O grande épico mitológico da história da Humanidade, com lindas passagens (destaco o Gênesis, os Salmos, o Livro da Sabedoria, o Livro de Jó) e a história de Jesus, o maior revolucionário de todos os tempos, pregando a simples ideia de que todos somos iguais.
10. Os últimos deveriam ser os primeiros: Fédon, o diálogo de Platão que narra a morte (e última aula) de Sócrates, o Jesus dos intelectuais.
Hum... deu 11, e é pouco.🤣
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