Ambos os técnicos entendem de futebol e armaram bem o jogo para a final, que assim foi equilibrada, quase sem emoção, como um jogo de xadrez, até o final. O que decidiu o resultado foi a postura de cada treinador.
De um lado, o português Abel Ferreira. Com o uniforme do time, mais profissional, ele se coloca como um orientador dos jogadores, amigo, racional e ao mesmo tempo afetivo.
Do outro, Cuca. Usa uma camiseta de Nossa Senhora, como se o jogo dependesse de algum milagre. Parece mais um pai de santo que um técnico de futebol.
Ao esconder a bola que saiu para a lateral, tentando retardar o jogo aos 53 minutos do segundo tempo, foi punido pela malandragem com o cartão vermelho.
Na saída do tumulto, o Palmeiras, o time do técnico que não catimba o jogo, mais concentrado, conseguiu um lance perfeito. Fez o gol na hora H e foi campeão.
O esperado milagre mudou de lado? Creio que não. A postura favorece a ação.
Cuca é um grande técnico, um ser humano caloroso e uma pessoa de boas intenções. Mas sua postura na final prejudicou o time e a ele mesmo.
Nesses detalhes, dentro de uma competição tão equilibrada, se decide o destino. O técnico mais experiente foi o que mais teve a aprender com essa lição.
Já Abel é uma grata surpresa para o futebol brasileiro, assim como os jovens promovidos da base palmeirense, que, além de qualidade, mostraram ter estrela de campeões.
O jovem treinador português articula muito bem, é inteligente, aplicado, e se permite também ser emocional. Tem todos os ingredientes de uma liderança construtiva.
E ainda é humilde e realista. Ao chegar, admitiu que não tinha grande experiência e não fugia do fato de nunca ter ganhado um título.
Pois agora tem um. O mais fera, por sinal.
Já Abel é uma grata surpresa para o futebol brasileiro, assim como os jovens promovidos da base palmeirense, que, além de qualidade, mostraram ter estrela de campeões.
O jovem treinador português articula muito bem, é inteligente, aplicado, e se permite também ser emocional. Tem todos os ingredientes de uma liderança construtiva.
E ainda é humilde e realista. Ao chegar, admitiu que não tinha grande experiência e não fugia do fato de nunca ter ganhado um título.
Pois agora tem um. O mais fera, por sinal.
Abel disse que no Brasil se tornou um treinador melhor e que aprendeu muito no confronto com o técnico do River, a quem dedicou seu novo estágio.
Enfim, mostra a postura de alguém cuja principal qualidade é não fugir dos problemas, e sim encará-los e melhorar. Sem jogar responsabilidade para outros nem desmerecer ninguém.
Um bom exemplo do tipo de gente que produz um país onde há educação - mãe da sobriedade, do equilíbrio e do profissionalismo. Com quem nós, brasileiros, temos também muito a aprender.
Um bom exemplo do tipo de gente que produz um país onde há educação - mãe da sobriedade, do equilíbrio e do profissionalismo. Com quem nós, brasileiros, temos também muito a aprender.
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