Navegamos pelo rio Negro, a partir do ponto onde ele encontra o Solimões, onde nasceu a cidade de Manaus - local importante na história do Brasil e de grandes aventuras, narradas em A Criação do Brasil (1600-1700).
Aqui passou Orellana, na primeira expedição que, vinda da América Espanhola, alcançou a foz do Amazonas, jornada entre as mais extraordinárias da história da humanidade.
Caminho feito duas vezes pelo bandeirante Pedro Teixeira, com cerca de 2 mil pessoas, que subiram o rio de Belém até Quito, no Equador, num tempo em que portugueses eram perseguidos pela inquisição nas cidades de colonização espanhola.
Expulso de volta para o Brasil, fez todo o caminho de volta vigiado por dois padres. E deixou por aqui um marco de pedra, encontrado, anos mais tarde, na célebre e quase esquecida expedição de Raposo Tavares, que definiria o tamanho do território brasileiro atual.
Esta era uma terra infestada de perigos, incluindo os temíveis omáguas, índios antropófagos, com a cabeça quadrada, formatada em uma caixa de madeira quando crianças, que deixaram poucos traços.
A beira do Amazonas era então povoada de índios, muitos deles hostis, e dizia-se do Negro, um rio de pouca vida, animal e fluvial, que escondia grandes tesouros, possivelmente o Eldorado.
Para mim a experiência foi um tesouro, e os amigos que dela partilharam sabem.
@raphaelmontes
@aliceruizs
#acriacaodobrasil
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