Há muito venho pensando em escrever um poema épico sobre a minha geração, que fale também do Brasil, desde a redemocratização aos dias atuais.
Dos valores brasileiros, das nossas aspirações, desejos, identidade.
E da nossa verdade.
Descobri que esse grande poema pode ser dois. Um da minha geração, outro mais das nossas raízes.
Há poemas definidores das nações. Parece muito ambicioso, mas sinto que o Brasil carece de uma obra inspiradora, que reforce a nossa crença em nós mesmos. depois de tantos desapontamentos, tantas frustrações, é a única forma de resgatarmos a nós mesmos.
Hoje, a razão e o argumento já não funcionam. Estamos divididos, amedrontados, incapazes de ouvir. Talvez o poema possa enviar a mensagem que de outra forma não produz mais efeito.
Precisamos recuperar o orgulho, primeiro diante do espelho, para depois fazer frente ao munfo, cada vez mais competitivo.
Que venha então a muda, se for capaz de me fazer dela o seu instrumento.
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